O Iluminismo escocês, representado por pensadores como David Hume e Adam Smith, deu grande importância ao papel dos sentimentos e das paixões na vida humana, em contraste com a ênfase na razão pura de alguns iluministas continentais. Em sua teoria moral, Hume argumenta que a base de nossos juízos morais (chamar uma ação de virtuosa ou viciosa) não é a razão, mas um sentimento de:
Dever, que nos comanda a agir de acordo com uma lei universal que possamos querer para todos, como em Kant.
Cálculo racional do autointeresse, onde consideramos virtuoso aquilo que nos traz mais benefícios pessoais a longo prazo.
Simpatia (sympathy), a capacidade de compartilhar os sentimentos dos outros, que nos leva a aprovar ações que promovem a felicidade e a desaprovar as que causam sofrimento.
Amor a Deus, que nos leva a seguir os mandamentos divinos revelados nas escrituras sagradas.
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Hume é um dos principais expoentes do 'sentimentalismo moral'. Ele afirma que 'a razão é, e deve ser, apenas a escrava das paixões'. Em questões de moral, a razão pode nos informar sobre os fatos de uma situação, mas o juízo final de aprovação ou reprovação vem de um sentimento. Esse sentimento é a simpatia, nossa capacidade inata de ser afetado pelos sentimentos alheios. Ações que tendem a ser úteis ou agradáveis para a sociedade (ou para o próprio agente) despertam em nós um sentimento de aprovação por simpatia, e é isso que chamamos de virtude.
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