Os Cínicos, como Diógenes de Sínope, foram filósofos helenísticos conhecidos por seu estilo de vida radical e provocador. Eles defendiam a 'autarkeia' (autossuficiência) e a vida em conformidade com a natureza, em oposição radical às leis, costumes e convenções sociais ('nomos'), que consideravam artificiais e fontes de corrupção. A prática filosófica do Cinismo consistia em:
Participar ativamente da política da pólis para reformar as leis e torná-las mais naturais e justas.
Desenvolver um sistema lógico e metafísico complexo para provar que a natureza é superior à convenção.
Realizar atos públicos chocantes e viver com o mínimo de posses (como Diógenes, que morava em um barril) para demonstrar o desprezo pelas convenções e a inutilidade dos bens materiais.
Viver uma vida de prazeres moderados, cultivando a amizade e a filosofia em um jardim afastado da cidade.
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O Cinismo era menos uma doutrina teórica e mais uma filosofia vivida, uma 'performance'. A palavra 'cínico' vem de 'kynikos' (semelhante a um cão), um epíteto que eles adotaram com orgulho. Eles viviam como cães, em público, sem vergonha de suas necessidades naturais, criticando abertamente os poderosos (como no famoso encontro de Diógenes com Alexandre, o Grande) e mostrando através do exemplo que a felicidade não depende de riqueza, poder ou fama, mas da virtude e da libertação das necessidades artificiais criadas pela sociedade.
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