Na filosofia da mente, uma questão central é o problema mente-corpo. O dualismo, classicamente formulado por Descartes, postula que mente (substância pensante, 'res cogitans') e corpo (substância extensa, 'res extensa') são duas entidades radicalmente distintas. Um dos principais desafios para essa teoria, conhecido como o problema da interação, consiste em explicar:
Como a mente, sendo imaterial e não-espacial, pode causar eventos no corpo, que é material e espacial, e vice-versa.
Se os animais não-humanos possuem mentes ou se são meros autômatos, como Descartes sugeriu.
Como é possível que tenhamos conhecimento de outras mentes, se só temos acesso direto à nossa própria consciência.
Como as ideias inatas, como a de Deus, estão presentes na mente desde o nascimento sem terem vindo da experiência.
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O problema da interação causal é a dificuldade mais famosa do dualismo cartesiano. Se a mente e o corpo são substâncias de naturezas totalmente diferentes, como um desejo ou uma vontade (eventos mentais) podem fazer com que o meu braço se levante (evento físico)? E como uma picada de agulha no meu dedo (evento físico) pode causar uma sensação de dor (evento mental)? Descartes tentou resolver o problema postulando que a interação ocorria na glândula pineal, uma solução que foi amplamente considerada insatisfatória e que continua sendo um grande desafio para as teorias dualistas.
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