A filosofia de Arthur Schopenhauer é profundamente influenciada pelo pensamento de Kant, mas também pela filosofia indiana. Ele concorda com Kant que o mundo que conhecemos é 'representação', um fenômeno moldado pelas estruturas do nosso intelecto. No entanto, ele afirma que podemos ter um acesso à 'coisa-em-si', a realidade última por trás dos fenômenos. Essa realidade não é racional, mas uma força cega, irracional e incessante que ele chama de:
Espírito Absoluto (Geist), a razão universal que se desenvolve e se autoconhece através da história, segundo Hegel.
Substância Divina, a realidade única e perfeita que se expressa em infinitos atributos, como em Spinoza.
Dasein (Ser-aí), a forma particular de ser do ente humano, que é caracterizado pela sua existência e pela compreensão do Ser, como em Heidegger.
Vontade (Wille), um impulso cósmico fundamental de querer, desejar e lutar, que é a fonte de todo o sofrimento no mundo.
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Para Schopenhauer, o mundo como representação é o véu de Maya. Por baixo dele, a realidade em si mesma é a Vontade. Essa Vontade não é uma vontade pessoal ou consciente, mas um ímpeto cego e sem propósito que se manifesta em todas as coisas, desde a força da gravidade até o desejo sexual e a vontade de viver dos seres vivos. Como a Vontade está sempre querendo e nunca pode ser permanentemente satisfeita, a vida é, essencialmente, sofrimento. A única salvação possível seria a negação da Vontade, através da arte, da compaixão e da ascese.
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