Na 'Crítica da Razão Pura', Kant estabelece que o nosso conhecimento se limita ao mundo dos 'fenômenos' (as coisas como elas aparecem para nós, estruturadas pelas nossas faculdades cognitivas). A realidade tal como ela é 'em si mesma', independentemente da nossa percepção, é chamada por Kant de:
Vontade, a força cega e irracional que constitui a essência do mundo, segundo Schopenhauer.
Substância, a realidade fundamental que possui atributos como pensamento e extensão, segundo Spinoza.
Nôumeno ou Coisa-em-si (Ding an sich), que é pensável como a causa dos fenômenos, mas incognoscível para nós.
Mundo das Ideias, o reino das formas perfeitas e eternas de Platão.
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A distinção entre fenômeno e nôumeno é central para o idealismo transcendental de Kant. Os fenômenos são os objetos da experiência possível, o único campo onde o conhecimento científico é legítimo. O nôumeno é um conceito-limite. Podemos pensar a 'coisa-em-si' (por exemplo, a liberdade, Deus, a alma imortal) como existindo fora das condições da nossa sensibilidade (espaço e tempo), mas não podemos conhecê-la, pois nosso conhecimento requer a aplicação das categorias do entendimento a intuições sensíveis. Assim, Kant limita o conhecimento para abrir espaço para a fé (moral).
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