Em sua análise do poder, Michel Foucault argumenta que, na modernidade, o poder não se exerce apenas de forma repressiva (como a lei que proíbe), mas também de forma produtiva. Ele descreve um tipo de poder que se aplica aos corpos dos indivíduos para torná-los dóceis e úteis, através de técnicas de vigilância, treinamento e exame em instituições como prisões, escolas, hospitais e fábricas. Foucault chama esse poder de:
Poder Disciplinar, uma microfísica do poder que adestra os corpos e maximiza sua eficiência.
Poder Pastoral, um modelo de poder que se origina nas práticas cristãs, onde um pastor cuida de seu rebanho individualmente.
Poder Soberano, o poder típico da monarquia, que se manifesta no direito de 'fazer morrer ou deixar viver'.
Biopoder, um poder que se exerce sobre a vida da população como um todo, gerenciando nascimentos, mortes, saúde e longevidade.
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O Poder Disciplinar é um conceito central em 'Vigiar e Punir' de Foucault. Ele descreve como, a partir dos séculos XVII e XVIII, surgiram técnicas detalhadas para controlar e otimizar os corpos individuais, tornando-os mais produtivos e politicamente dóceis. O modelo do Panóptico de Bentham é o exemplo arquitetônico perfeito desse poder baseado na vigilância constante. O Biopoder, embora relacionado, foca na gestão da vida da população (a espécie), enquanto o poder disciplinar foca no adestramento do corpo (o indivíduo).
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