O conceito de 'angústia' (Angst) é central para vários filósofos existenciais, mas com nuances diferentes. Para Søren Kierkegaard, considerado o pai do existencialismo, a angústia é a 'vertigem da liberdade'. Ela surge quando o indivíduo se depara com:
A responsabilidade de legislar para toda a humanidade através de suas escolhas, como em Sartre.
O medo da morte e do nada, que revela a finitude da existência humana.
A infinidade de possibilidades de escolha que se abrem diante dele, sem ter nenhuma garantia ou critério externo para decidir.
O sentimento de absurdo que nasce do confronto entre o desejo humano de sentido e o silêncio irracional do mundo, como em Camus.
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Para Kierkegaard, a angústia não é o medo de algo específico no mundo, mas a consciência da própria liberdade. É a percepção de que 'eu posso', de que há inúmeras possibilidades para o meu futuro e que nada (nem Deus, nem a razão, nem a sociedade) pode fazer a escolha por mim. É a tontura que sentimos ao olhar para o abismo das nossas próprias possibilidades. Essa experiência é fundamental para o 'salto da fé' que ele propõe como saída para o desespero.
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