Em sua análise da modernidade, o filósofo Zygmunt Bauman utiliza a metáfora da 'liquidez' para descrever a condição da sociedade contemporânea. Em contraste com a 'modernidade sólida' (com suas estruturas fixas, instituições duradouras e identidades estáveis), a 'modernidade líquida' é caracterizada por:
Um forte controle do Estado sobre todos os aspectos da vida individual e social.
A crença inabalável no progresso, na ciência e na capacidade da razão de construir uma sociedade perfeita.
A permanência de valores tradicionais e de laços comunitários fortes que resistem à mudança.
Relações sociais, instituições e identidades que são frágeis, fluidas, voláteis e de curto prazo.
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Bauman argumenta que na contemporaneidade, tudo o que era sólido 'desmanchou no ar'. As relações de trabalho (empregos para toda a vida), os laços afetivos (casamentos, amizades), as identidades (nacionais, de classe, de gênero) e as instituições (família, Estado, Igreja) perderam sua solidez e se tornaram 'líquidas'. Elas não mantêm sua forma por muito tempo, são facilmente moldáveis e se movem com rapidez. Isso gera uma sensação de incerteza, insegurança e a necessidade constante de se adaptar e se reinventar, tornando a vida uma série de 'novos começos'.
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