Baruch Spinoza, um dos grandes racionalistas do século XVII, desenvolveu um sistema metafísico monista. Diferente de Descartes, que via mente e corpo como substâncias distintas, Spinoza afirmava que existe apenas uma única substância infinita, que ele chama de 'Deus sive Natura' (Deus, ou seja, a Natureza). Pensamento e extensão (matéria) não são substâncias, mas sim:
Criações de Deus, entidades separadas que foram trazidas à existência pela vontade divina a partir do nada.
Ilusões da nossa mente, que erroneamente percebe uma dualidade onde há apenas unidade.
Atributos de Deus, que são as infinitas maneiras pelas quais a essência da substância única se expressa, das quais conhecemos apenas o pensamento e a extensão.
Modos finitos, que são as manifestações particulares e transitórias da substância única, como uma mente individual ou um corpo particular.
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No sistema de Spinoza, a Substância (Deus/Natureza) é única e possui infinitos atributos. Um atributo é aquilo que o intelecto percebe de uma substância como constituindo sua essência. Nós, seres humanos, só temos acesso a dois desses infinitos atributos: o Pensamento e a Extensão. Mente e corpo não são duas coisas diferentes, mas a mesma coisa vista sob diferentes atributos. Um corpo particular é um 'modo' do atributo da Extensão, e a ideia desse corpo é o 'modo' correspondente no atributo do Pensamento.
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