Na filosofia da ciência, o 'problema da demarcação' busca estabelecer um critério para distinguir a ciência genuína da pseudociência (como a astrologia ou a psicanálise, segundo alguns). Karl Popper propôs um critério influente, argumentando que o que torna uma teoria científica não é o fato de ela ser verificável (pois muitas teorias podem encontrar confirmações), mas sim o fato de ela ser:
Útil e aplicável, gerando tecnologias que melhoram a vida humana.
Consistente com o senso comum e com as crenças estabelecidas pela tradição.
Falseável ou refutável, ou seja, a teoria deve fazer previsões arriscadas que, se não se confirmarem, provarão que a teoria está errada.
Elegante e simples, seguindo o princípio da Navalha de Ockham, que prefere as explicações mais econômicas.
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Popper argumentava que teorias como a astrologia ou a psicanálise freudiana eram tão vagas que podiam 'explicar' praticamente qualquer evento, tornando-se irrefutáveis e, portanto, não-científicas. Uma teoria genuinamente científica, como a da relatividade de Einstein, faz previsões precisas e ousadas (por exemplo, que a luz de uma estrela se curvaria ao passar perto do Sol). Se a observação contradisser a previsão, a teoria é falseada (refutada). Para Popper, a ciência progride não acumulando confirmações, mas eliminando erros através de tentativas de refutação.
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