A filosofia de G. W. F. Hegel é um 'idealismo absoluto'. Para ele, a realidade última não é a matéria, mas a Ideia, a Razão ou o Espírito (Geist). A história universal não é uma sucessão de eventos caóticos, mas o processo racional pelo qual o Espírito se desenvolve e toma consciência de si mesmo, buscando a liberdade. O fim da história, para Hegel, seria alcançado quando:
O homem superasse a moralidade tradicional e se tornasse o Übermensch, como em Nietzsche.
O Espírito alcançasse o saber absoluto, ou seja, a plena autoconsciência de si mesmo como a totalidade da realidade, o que Hegel via como se realizando em seu próprio sistema filosófico e no Estado prussiano de sua época.
A humanidade retornasse a um estado de natureza idílico, livre da corrupção da sociedade e da propriedade privada, como idealizava Rousseau.
A sociedade sem classes fosse estabelecida, pondo fim à luta de classes e à alienação, como pensava Marx.
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Para Hegel, 'o racional é real e o real é racional'. A história tem uma lógica interna, um progresso dialético em direção à liberdade. Cada época histórica representa um estágio no desenvolvimento da autoconsciência do Espírito. O Estado é a mais alta manifestação do Espírito na vida ética. Hegel, de forma controversa, via o Estado constitucional e burocrático da Prússia de seu tempo como a forma mais racional de organização social alcançada até então, e sua própria filosofia como o momento em que o Espírito finalmente compreende a si mesmo de forma completa, alcançando o 'saber absoluto'.
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