Na filosofia medieval, Avicena (Ibn Sina), um filósofo persa, desenvolveu um influente argumento para provar a existência da alma e sua distinção do corpo, conhecido como o argumento do 'Homem Voador'. Ele nos pede para imaginar um homem criado de repente no ar, com seus membros afastados para não se tocarem e com seus olhos vendados. Mesmo sem nenhuma percepção sensorial de seu corpo ou do mundo exterior, esse homem:
não teria consciência de nada, provando que a alma depende dos sentidos para existir.
entraria em pânico e desespero, mostrando que a alma precisa do corpo para se sentir segura.
imediatamente começaria a raciocinar sobre a existência de Deus para encontrar um sentido para sua situação.
teria certeza de sua própria existência como um 'eu' ou uma consciência, provando que a alma (ou o eu) é uma substância imaterial e independente do corpo.
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O experimento mental do Homem Voador é um precursor do 'Cogito' de Descartes. Avicena argumenta que, mesmo privado de toda experiência sensorial, o homem flutuante estaria indubitavelmente ciente de sua própria existência. Ele poderia afirmar 'Eu sou'. Como essa autoconsciência não depende de nenhuma percepção do corpo ou do mundo, ela deve pertencer a uma entidade não-corporal, a alma. O argumento visa estabelecer a imaterialidade e a substancialidade da alma, que pode ser conhecida de forma mais direta e certa do que o próprio corpo.
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