Uma das críticas centrais que Karl Marx faz à economia política clássica (como a de Adam Smith e David Ricardo) é que ela trata as categorias do capitalismo (mercadoria, dinheiro, capital) como se fossem fatos naturais e eternos. Marx, ao contrário, busca mostrar que essas categorias são históricas e sociais. O processo pelo qual os produtos do trabalho humano e as relações sociais assumem a aparência de coisas autônomas e com vida própria, que governam seus criadores, é chamado por Marx de:
Alienação, o processo pelo qual o trabalhador se torna estranho ao produto de seu trabalho e a si mesmo.
Luta de classes, o conflito entre exploradores e explorados.
Mais-valia, a fonte do lucro capitalista, que é o valor do trabalho não pago ao trabalhador.
Fetichismo da mercadoria, a atribuição de um poder místico às mercadorias, obscurecendo as relações sociais de produção que lhes dão valor.
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No primeiro capítulo de 'O Capital', Marx analisa o 'caráter fetichista da mercadoria'. Em uma sociedade capitalista, as mercadorias parecem ter um valor intrínseco, e as relações entre as pessoas assumem a forma de relações entre coisas (dinheiro, preços). O mercado parece funcionar segundo leis 'naturais' e impessoais. Esse 'fetiche' esconde a verdade: que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la, e que o mercado é, na verdade, um conjunto de relações sociais de exploração entre os seres humanos.
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