A Lei de 1831, conhecida como 'lei para inglês ver', que proibia o tráfico de escravos, não teve efeito prático. O tráfico transatlântico só foi efetivamente interrompido quase 20 anos depois, com a Lei Eusébio de Queirós. A principal razão para a eficácia desta segunda lei foi:
a conversão dos cafeicultores à causa abolicionista, que passaram a defender publicamente o fim do tráfico e a libertação dos escravos.
a forte pressão militar da Inglaterra, que, através do 'Bill Aberdeen', passou a aprisionar navios negreiros em águas brasileiras, tornando o negócio inviável.
uma grande rebelião de escravos no porto do Rio de Janeiro que destruiu todos os navios negreiros e impediu novos desembarques.
a descoberta de minas de ouro na Califórnia, que desviou o interesse dos comerciantes de escravos para outras atividades mais lucrativas.
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A Lei de 1831 não foi cumprida porque não havia vontade política da elite brasileira e nem fiscalização. A situação mudou com a promulgação do 'Bill Aberdeen' pela Inglaterra em 1845, que autorizava a marinha britânica a atuar como uma polícia internacional, aprisionando navios negreiros mesmo em portos e águas territoriais brasileiras. Essa pressão militar tornou o tráfico de escravos um negócio de altíssimo risco e economicamente inviável, forçando o governo brasileiro a agir de forma enérgica e criar a Lei Eusébio de Queirós em 1850 para finalmente acabar com ele.
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