A vida política no Segundo Reinado, apesar da aparente estabilidade, era marcada por uma grande dependência da figura do Imperador, que atuava como o 'ponto de equilíbrio' do sistema. Isso ocorria principalmente porque:
o Imperador presidia as sessões do Supremo Tribunal de Justiça, tendo a palavra final em todos os julgamentos.
através do Poder Moderador, o Imperador controlava a alternância entre os partidos Liberal e Conservador, nomeando e demitindo gabinetes e dissolvendo a Câmara.
o Imperador era o comandante supremo das polícias provinciais, podendo intervir diretamente na segurança de cada província.
todos os impostos do Império eram pagos diretamente ao Imperador, que os distribuía aos partidos políticos conforme sua preferência.
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O sistema político do Segundo Reinado, o 'parlamentarismo às avessas', só funcionava por causa da intervenção constante do Imperador. Usando as prerrogativas do Poder Moderador, D. Pedro II arbitrava as disputas entre os partidos. Ele decidia quando era hora de um partido sair do poder e o outro entrar, nomeando um novo Presidente do Conselho de Ministros. Se o novo gabinete não tivesse apoio na Câmara, o Imperador a dissolvia e convocava novas eleições, que eram manipuladas para dar a vitória ao partido da situação. Ele era, portanto, o eixo de todo o sistema.
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