A economia da borracha na Amazônia, que teve seu auge no final do Império e início da República, foi caracterizada por um regime de trabalho que, em muitos aspectos, se assemelhava:
à escravidão indígena, com a captura e o trabalho forçado de tribos inteiras sob o controle de missionários.
ao trabalho assalariado das fábricas europeias, com jornada de oito horas e direitos trabalhistas.
ao sistema de parceria, no qual o seringueiro dividia igualmente os lucros da venda da borracha com o dono do seringal.
à servidão por dívidas, em que o seringueiro era mantido preso ao seringal pelo 'aviamento', um sistema de endividamento com o patrão.
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O regime de trabalho nos seringais amazônicos era extremamente exploratório. O seringueiro, geralmente um migrante nordestino, chegava já endividado com o transporte. Ele era obrigado a comprar seus instrumentos de trabalho e mantimentos (comida, querosene) do 'barracão' do seringalista a preços exorbitantes. Esse sistema, conhecido como 'aviamento', criava uma dívida impagável que prendia o trabalhador àquele seringal, numa condição análoga à servidão.
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