A abdicação de D. Pedro I em 1831 foi um evento crucial na consolidação do Brasil como um Estado-nação. Ela pode ser interpretada como a vitória:
dos movimentos populares e republicanos, que conseguiram proclamar a República logo após a partida do monarca.
da diplomacia portuguesa, que conseguiu forçar a volta de D. Pedro I para que ele assumisse o trono de Portugal.
das elites brasileiras ('partido brasileiro') sobre o autoritarismo do imperador e sua ligação com os interesses portugueses.
dos absolutistas, que desejavam um rei com poderes ainda mais centralizados e autoritários.
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A crise que levou à abdicação foi o resultado do confronto entre o projeto centralizador e personalista de D. Pedro I e os interesses das elites agrárias brasileiras, que desejavam mais autonomia e um governo menos identificado com Portugal. A queda do imperador representou a consolidação do poder nas mãos dessas elites nascidas no Brasil, que passariam a controlar o Estado durante o Período Regencial e o Segundo Reinado. Foi, em certo sentido, o 'fim' do processo de independência, com a afirmação de um poder genuinamente local.
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