O fim da monarquia e a instauração da República no Brasil em 1889 representaram uma mudança de regime político, mas não uma revolução social. A estrutura social do país permaneceu, em grande medida, inalterada, o que significou a manutenção:
da escravidão como principal forma de trabalho, que foi reintroduzida pelos governos republicanos.
da família real como chefe de Estado, embora com poderes limitados pelo Congresso Nacional.
de uma economia voltada para o mercado interno, com forte proteção à indústria nacional e distribuição de renda.
do poder nas mãos da mesma elite agrária (agora chamada de oligarquia), a continuidade do latifúndio e a exclusão da maioria da população da participação política.
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A Proclamação da República alterou a forma de governo (de monarquia para república), mas não alterou as bases da sociedade brasileira. O poder continuou concentrado nas mãos dos grandes proprietários de terras (a elite do café, principalmente), a economia continuou a ser agroexportadora, e a imensa maioria da população (ex-escravos, camponeses, trabalhadores urbanos) continuou sem acesso a direitos básicos como terra, educação e participação política efetiva. Foi uma mudança no topo do poder, sem alterar a base da pirâmide social.
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