A imigração de italianos para o Brasil no final do século XIX foi intensamente promovida pelos cafeicultores do Oeste Paulista e pelo governo. Além da necessidade de mão de obra, havia também um componente ideológico nesse incentivo, que era:
o desejo de difundir a língua italiana e a culinária daquele país como a cultura oficial do Brasil.
um projeto de aliança militar com a Itália para combater a crescente influência da Argentina na América do Sul.
a implementação de teorias raciais da época, que defendiam o 'branqueamento' da população brasileira, vista como 'inferior' por sua forte presença de negros e mestiços.
a intenção de converter a população brasileira ao catolicismo romano, com o auxílio dos imigrantes, que eram considerados mais devotos.
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Por trás da justificativa econômica da substituição do trabalho escravo, havia um forte projeto racial das elites brasileiras. Influenciadas por teorias pseudocientíficas como o darwinismo social, elas acreditavam que o progresso do Brasil dependia do 'melhoramento' de sua população através da miscigenação com europeus. A imigração em massa de europeus era vista, portanto, como uma forma de 'branquear' a população e apagar as marcas da herança africana e indígena, consideradas um obstáculo à civilização.
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