A Lei de Terras de 1850 e a Lei Eusébio de Queirós, do mesmo ano, estão historicamente interligadas. A relação entre elas é que:
ambas foram criadas para facilitar o acesso de ex-escravos à propriedade de terras e ao trabalho assalariado.
ambas as leis foram revogadas um ano depois, por pressão dos cafeicultores, que se sentiram prejudicados.
ao proibir o tráfico de escravos, o governo previu um aumento da imigração e criou a Lei de Terras para impedir que os novos trabalhadores tivessem acesso fácil à posse de terra, forçando-os a trabalhar para os grandes proprietários.
a Lei de Terras foi uma exigência da Inglaterra para que a Lei Eusébio de Queirós fosse efetivamente cumprida pelo Brasil.
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As duas leis foram pensadas em conjunto pela elite imperial. A extinção do tráfico negreiro (Lei Eusébio de Queirós) tornava iminente a necessidade de uma nova fonte de mão de obra, que seria a imigração europeia. A Lei de Terras, ao dificultar o acesso à propriedade (só pela compra), cumpria o papel de evitar que esses imigrantes (e também a população pobre nacional) se tornassem pequenos proprietários autônomos. Dessa forma, eles seriam obrigados a vender sua força de trabalho para os grandes latifundiários do café, garantindo a mão de obra para a lavoura.
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