A cidade do Rio de Janeiro, como capital do Império, passou por um processo de modernização e 'civilização' no século XIX, que buscava espelhar as capitais europeias. Uma das facetas desse processo foi:
a perseguição a práticas populares e a tentativa de 'limpar' o centro da cidade da presença de ambulantes, capoeiras e manifestações culturais negras, consideradas 'bárbaras'.
a valorização e oficialização de práticas culturais de origem africana, como a capoeira e o samba, como símbolos da identidade nacional.
a construção de uma muralha ao redor da cidade para protegê-la de ataques de piratas e de revoltas de escravos das fazendas vizinhas.
a completa eliminação das favelas e cortiços, com a construção de moradias populares para toda a população pobre.
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O projeto 'civilizador' da elite imperial no Rio de Janeiro era, em grande medida, um projeto de exclusão. Buscava-se remodelar o espaço urbano à imagem de Paris, com ruas largas, cafés e teatros. Isso implicava em reprimir as práticas e a presença da população pobre e negra no centro da cidade. Vendedores ambulantes, rodas de capoeira, festas religiosas de matriz africana eram vistos como sinônimo de desordem e atraso, e foram duramente reprimidos pelas autoridades policiais em nome da 'ordem pública' e da 'boa aparência' da capital.
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