A Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, que extinguiu a escravidão, foi um ato legal de enorme importância, mas não foi acompanhada de nenhuma política de integração social para os libertos. A consequência imediata disso foi que a grande maioria dos ex-escravos foi:
imediatamente integrada ao mercado de trabalho assalariado, com os mesmos direitos e salários dos imigrantes europeus.
'jogada à própria sorte', sem acesso à terra, à educação ou a oportunidades de trabalho, o que levou à sua marginalização econômica e social.
indenizada pelo Estado pelos anos de trabalho forçado, recebendo terras e recursos para iniciar uma nova vida.
enviada de volta para a África, como parte de um programa de repatriamento financiado pelo governo imperial.
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A abolição se deu sem nenhuma medida complementar para garantir a cidadania plena aos quase 700 mil libertos. Não houve reforma agrária, nem programas de educação ou de inserção no mercado de trabalho. Expulsos das fazendas, que preferiam contratar imigrantes europeus, e sem qualquer amparo, os ex-escravos enfrentaram o desemprego, a pobreza e o preconceito, dando origem a um processo de marginalização social cujas consequências são sentidas até hoje na sociedade brasileira.
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