O sistema escravista no Brasil Império não era isento de formas de resistência. Além das grandes revoltas e da formação de quilombos, uma forma cotidiana e bastante comum de resistência escrava era:
a negociação por melhores condições de trabalho, a sabotagem de ferramentas e a diminuição deliberada do ritmo da produção.
a organização de partidos políticos clandestinos para lutar por seus direitos no parlamento.
a escrita de petições formais ao Imperador, solicitando a intervenção do Poder Moderador para a concessão de alforrias.
a compra de ações em bancos e ferrovias para competir economicamente com seus senhores.
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A resistência escrava ia muito além das fugas e revoltas armadas. No dia a dia das fazendas e cidades, os escravizados desenvolviam múltiplas táticas de resistência, muitas vezes dissimuladas: quebravam ferramentas, incendiavam plantações, trabalhavam em ritmo lento ('corpo mole'), negociavam espaços de autonomia (como o direito de cultivar uma roça própria) e preservavam suas práticas culturais e religiosas. Eram formas de minar o sistema por dentro e afirmar sua humanidade.
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