O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão. Essa persistência do sistema escravista por tanto tempo pode ser explicada, em grande parte, pelo(a):
isolamento geográfico do Brasil, que impediu que as ideias abolicionistas que circulavam no resto do mundo chegassem ao país.
forte apoio popular à escravidão, já que a maioria da população livre também possuía um ou dois escravos.
crença generalizada de que os africanos eram biologicamente incapazes de viver em liberdade, necessitando da tutela de seus senhores.
enorme poder político e econômico da classe de proprietários rurais (a 'escravocracia'), cuja riqueza dependia do trabalho escravo e que dominava o Estado Imperial.
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A escravidão não era apenas um sistema de trabalho, mas a base de toda a estrutura social, econômica e política do Império. A elite agrária, os 'barões do café' e senhores de engenho, detinha o poder no Parlamento, nos ministérios e nas províncias. Essa classe, cuja riqueza e prestígio dependiam inteiramente da exploração do trabalho escravo, usou seu poder para barrar, adiar e dificultar qualquer tentativa de abolição, garantindo a sobrevida do sistema por décadas, mesmo sob forte pressão internacional e interna.
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