O Brasil foi a única colônia americana a se tornar sede de um império europeu e a adotar a monarquia após a independência. Esse arranjo político singular pode ser explicado, em parte, pela:
imposição militar da Santa Aliança, a união de monarquias europeias, que ameaçou invadir o Brasil caso o país se tornasse uma república.
necessidade de manter a unidade territorial de uma colônia imensa e diversa, o que a figura centralizadora do imperador parecia garantir contra as tendências separatistas.
vontade expressa da maioria da população, consultada em um plebiscito popular logo após a partida de D. João VI.
falta de líderes políticos com experiência administrativa, o que tornou a importação de um monarca a única solução viável.
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As elites agrárias que lideraram a independência temiam que a adoção de um regime republicano, como o dos vizinhos hispano-americanos, pudesse levar à fragmentação territorial do Brasil em várias pequenas repúblicas, dadas as enormes diferenças regionais e os interesses conflitantes. A monarquia, com a figura de um imperador como símbolo de unidade e um poder central forte, foi vista como a melhor solução para manter a integridade do vasto território e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção da ordem social baseada na escravidão e no latifúndio.
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