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Pergunta de: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Lusofonia

rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz.

Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena de café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma
rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.

JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.

O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela

A)  

discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo.

B)  

defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX.

C)  

abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros.

D)  

tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra.

E)  

valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida.

Soluções

j

juanbacan

hace 10 días

Solução

0

Reconheça o gênero e o propósito comunicativo; avalie coesão (referenciação e conectores) e correções essenciais de norma. A única opção que preserva o sentido e o registro adequados é “tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra.”. Erros comuns: inadequação de registro, quebra de coesão, vícios de regência/concordância, ou deslocamento de sentido.

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