(Matemática - Enem 2015 - Questão 167)
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A ideia central é analisar geometricamente o que acontece quando se dobra a folha e se faz os recortes indicados, e depois “desdobrar” para ver a forma final. Vamos usar coordenadas para ficar preciso e mostrar por que a figura final é a da segunda imagem (o estandarte com um recorte em V central e pequenos biséis nas extremidades).
Seja o quadrado original \(ABCD\) de lado \(s\). Para simplificar os cálculos, tomamos \(s=4\) (qualquer outro valor dá o mesmo resultado em razão). Colocamos coordenadas cartesianas assim:
O enunciado diz que dobraram a folha sobre a linha vertical que faz coincidir os pontos dos lados \(BC\) e \(AD\) (isto é, dobraram a metade direita sobre a metade esquerda). Essa dobra é a reflexão em relação à reta vertical \(x=2\).
Após a dobra da metade direita sobre a esquerda, a largura útil da folha dobrada vale \(s/2 = 2\). No desenho dobrado aparecem os pontos indicados pelo enunciado. Tomamos:
(Estas posições são compatíveis com o enunciado — \(M\) a 1 unidade de \(A\), \(N\) é o meio da base dobrada, \(O\) é o meio do lado direito da metade — e tornam os cálculos simples.)
O enunciado mostra cortes ao longo das linhas pontilhadas ligando \(M\) a \(N\) e \(N\) a \(O\). São, portanto, dois segmentos:
Equações paramétricas (apenas para visualizar):
Esses dois cortes são feitos com a folha dobrada (ou seja, sobrepostas duas camadas). Ao desdobrar, cada corte produz a sua imagem refletida em relação à reta da dobra \(x=2\). Assim:
Geometricamente: os dois segmentos ligados (M→N→O) desenham, ao ser refletidos, uma figura com simetria axial vertical. O ponto \(N\) (no dobrado) corresponde ao meio da base; portanto o fundo do V fica centrado na base do quadrado. A altura do V (distância que o recorte sobe a partir da base) é exatamente \(AM = 1\) unidade (um quarto da altura total), porque \(M\) está a essa distância da base.
Ao abrir a folha temos:
Essa forma é exatamente a da segunda imagem fornecida — o estandarte com um “V” central cortado e dois pequenos chanfrados nas pontas inferiores.
Nome da figura (segunda imagem): o estandarte com recorte em “V” central e biséis nas extremidades inferiores (a figura mostrada na segunda imagem).
Observação final: para completar rigorosamente a demonstração pode-se (como fizemos) escolher \(s=4\), calcular as coordenadas exatas dos pontos de corte, refletir os segmentos na reta da dobra e verificar que a união dos cortes, após reflexão, coincide com os contornos da segunda imagem. O argumento por simetria e pela posição relativa dos pontos \(M\), \(N\) e \(O\) é suficiente para garantir que a figura obtida é a mostrada.
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