No Estado de São Paulo, a mecanização da colheita da cana-de-açúcar tem sido induzida também pela legislação ambiental, que proíbe a realização de queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na região de Ribeirão Preto, principal polo sucroalcooleiro do país, a mecanização da colheita já é realizada em 516 mil dos 1,3 milhão de hectares cultivados com cana-de-açúcar. O texto aborda duas questões, uma ambiental e outra socioeconômica, que integram o processo de modernização da produção canavieira. Em torno da associação entre elas, uma mudança decorrente desse processo é a:

Resposta correta: eficiência e racionalidade no plantio com maior produtividade na colheita

Explicação (professor):

• Integração ambiental + socioeconômica: a proibição das queimadas (questão ambiental) acelera a mecanização da colheita. Esse processo, por sua vez, traz maior eficiência operacional, padronização e elevação da produtividade (questão socioeconômica), pois permite colheita mais rápida, com menor dependência de condições climáticas e de mão de obra sazonal.
• Por que as demais estão incorretas?
  • “perda de nutrientes do solo devido à utilização constante de máquinas”: a mecanização pode aumentar compactação, mas não implica necessariamente perda de nutrientes; ao contrário, a colheita sem queima mantém palhada no solo, favorecendo ciclagem de nutrientes.
  • “ampliação da oferta de empregos”: a mecanização tende a reduzir o emprego direto no corte manual, deslocando o perfil ocupacional (mais técnicos e operadores, menos cortadores).
  • “menor compactação do solo pelo uso de maquinário de porte”: é o oposto; máquinas pesadas tendem a aumentar a compactação se não houver manejo adequado.
  • “poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis pelas máquinas”: embora haja emissões de diesel, a eliminação das queimadas reduz significativamente a poluição atmosférica local e os impactos sobre a saúde.