Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito às crianças — o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão. O texto indica que existe uma significativa produção científica sobre os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas influências, porque:

Resposta correta: interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com menor visão crítica

Explicação (professor):

• Crianças estão em processo de socialização e ainda não desenvolveram plenamente a capacidade crítica. Por isso, tendem a absorver e imitar com mais facilidade comportamentos, valores e papéis sociais vistos na TV (família, escola, gênero, violência, consumo).
• Esse processo de aprendizagem por observação faz com que os conteúdos televisivos tenham maior poder de moldar atitudes e expectativas quando comparado aos adultos, que costumam filtrar e questionar mais.

Por que as outras opções não são as melhores?

• “codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação”: descreve um mecanismo, mas não explica a vulnerabilidade específica (falta de senso crítico).
• “adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social”: pode acontecer, porém não justifica maior suscetibilidade a influências negativas.
• “observam formas de convivência social baseadas na tolerância e no respeito” e “apreendem modelos de sociedade pautados na observância das leis”: são possíveis efeitos positivos, mas não explicam por que são mais vulneráveis.